domingo, 13 de março de 2011

Drinque com a morte

Outra vez me sento sozinho à mesa,
Há muito não recebo um amigo sequer.
Deixo na casa apenas uma luz acesa,
De repente ouço uma voz de mulher.

Eu sozinho, em silêncio, calado
-Seria essa mais uma noite comum-
Até que a morte surge ao meu lado
E se serve do meu copo de rum.

_Traga uma garrafa de outra bebida,
Diz,se for amarga um tanto melhor,
Pra te lembrar que nessa pobre vida
O que é ruim sempre pode ser pior.

_Agradeço que tenha vindo por mim,
Pois por ti esperava, amada senhora.
Alegro-me, pois posso ver que enfim
É chegada minha tão desejada hora.

_Lamento, mas assim não pode ser...
Por minha vontade eu até o levaria.
Mas infelizmente devo lhe dizer,
Que hoje,meu amigo, não é o seu dia.

Um comentário:

Thiago disse...

Ainda bem que ela não te levou.
Merecemos mais versos como esses.
Um abraço.