sexta-feira, 18 de julho de 2008

Lilás

O sol observa parado no firmamento
Como se esperasse findar a batalha
Na minha alma, a tristeza, o tormento
Se aloja, me domina, se espalha..


Coração e mente disputam um só ser
Enfrento-me, numa batalha sem fim...
Espero de longe e quando um vencer
Viverei com o que sobrar de mim....

Vejo-me sangrando num campo de flores
Mas,por que diabos, essa cor lilás?
Tudo revive a lembrança de mortos amores.
Nada disso faz sentido. A vida não faz...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A musa de outrora

Depois de muito tempo, volto a escrever.
Reflexos de um coração amargurado.
Pelos mesmos erros que insiste em cometer
Voluntariamente triste e torturado.

Vi descer do Céu a minha amada musa,
Aquela mesma casta criatura angélica
reconheço-a, apesar da mente confusa,
Trajando, além de asas, armadura bélica.

Pensei ter sido enviada para me matar,
Mas finge não notar minha presença.
O que, Deus, maior dor pode causar
Que ser tratado com tal indiferença?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Via-Láctea dos desiludidos

Ouvir estrelas? Que besteira!
Elas não têm nada a dizer.
Estive com elas a noite inteira
E nada quiseram me responder.

E o que elas poderiam ter dito?
Perto de Deus, por que ouvir mortais?
Simplesmente brilham no infinito
Se vivemos ou não, que diferença faz?

Não respondem qualquer desgraçado
Que em vão clama,como um condenado
Já na forca, porém inocente...

Não enxergam um verme isolado
Que rasteja num mundo apagado.
Ouvir estrelas!? Só estando demente...