quarta-feira, 1 de julho de 2009

Poema indefinido

Adiando o passado
em um futuro já acontecido,
diante de um sol
que já não queima como antes,
distante de Deus
porém mais próximo de mim mesmo.
Na busca da verdade
crio minhas próprias leis e teorias,
mato demônios
e os ressucito depois de três dias,
ergo minha cela
e me tranco a sete chaves,
rebelo-me
e tomo a mim mesmo como refém.
Invento inimigos
pra ter contra quem lutar,
te afasto de mim
pra um ter um motivo pra sofrer.
Releio histórias
pra fingir que são sobre mim,
Tomo dores alheias
pra tornar a vida insuportável.
Desisto primeiro
antes que eu consiga fracassar.
Às vezes rezo
só pra dizer que Deus não me ouve.
Vejo meus passos
por caminhos que nunca andei
Arrependo-me
de palavras que disse ou deixei de dizer.
Escondo-me
pensando que sentirão minha falta.
Persigo-me,
torturo-me,
mas ainda vivo
pra ver seu rosto
timído,
distante,
sorrindo,
quem sabe, pra mim...

2 comentários:

defélix, disse...

a vida não só alegrias, entretanto também não só tristezas. E com isso que entendo enquanto uns falam de amor doce outras amarguram a vida, mas o que há de errado nisso? NADA!

Eddie parabéns Cara, seus poemas estam cada vez melhores!

defélix, disse...

Pra mim o melhor poema de Julho por mim lido!